Administrar uma clínica odontológica exige muito mais do que excelência técnica e bons relacionamentos com os pacientes. O sucesso de longo prazo está diretamente ligado à forma como o gestor organiza e acompanha o controle financeiro para clínicas.
Em um cenário competitivo, com mais de 89 mil clínicas odontológicas ativas no Brasil e mais de 400 mil dentistas em atividade, segundo dados do CFO, destacar-se não depende apenas da qualidade dos procedimentos. É preciso também ter uma gestão financeira eficiente para manter a lucratividade, honrar compromissos e investir em crescimento.
Infelizmente, muitos consultórios ainda tratam a saúde financeira como algo secundário. Pesquisas mostram que 20% dos pequenos negócios no Brasil fecham antes de completar dois anos, sendo a má gestão financeira um dos principais motivos. Misturar contas pessoais e empresariais, não registrar movimentações ou deixar de analisar indicadores-chave são falhas que comprometem diretamente o futuro do negócio.
Neste conteúdo, você vai entender, passo a passo, como aplicar um controle financeiro em clínica odontológica de maneira eficaz para estruturar sua gestão e garantir sustentabilidade.
Fundamentos essenciais do controle financeiro para clínicas odontológicas
1. Separe as contas pessoais das contas da clínica
Um dos erros mais comuns cometidos por dentistas que assumem a gestão de sua clínica é misturar finanças pessoais e empresariais. Essa prática compromete a análise dos resultados e pode criar a falsa sensação de que o negócio é lucrativo, quando na verdade pode estar operando no limite.
O ideal é que o dentista defina um pró-labore fixo, como acontece em qualquer empresa. Esse valor deve ser contabilizado como despesa da clínica, garantindo que as contas pessoais sejam pagas sem interferir na saúde financeira da empresa.
Ao separar as contas, o gestor consegue analisar com clareza o que realmente sobra para investir no crescimento do negócio.
2. Registre todo o movimento do consultório
“Não se controla o que não se mede.” Essa frase resume a importância de registrar todas as entradas e saídas financeiras da clínica. Desde pagamentos de consultas até despesas pequenas do dia a dia, tudo deve estar contabilizado.
Esse registro permite identificar gargalos, projetar o fluxo de caixa e evitar surpresas desagradáveis. Mesmo que seja trabalhoso no início, o hábito de organizar movimentações torna a gestão muito mais estratégica.
Leia também: Como as métricas podem ajudar a saúde financeira da sua clínica?
3. Planeje em curto, médio e longo prazo
A sustentabilidade de uma clínica não se garante apenas com uma boa administração mensal. É essencial ter uma visão estratégica e de longo prazo, com metas claras em diferentes horizontes:
- Curto prazo: controle de fluxo de caixa, pagamento de despesas fixas, monitoramento de inadimplência.
- Médio prazo: investimento em novos equipamentos, treinamentos da equipe, campanhas de marketing.
- Longo prazo: expansão da clínica, abertura de novas unidades, aquisição de tecnologias inovadoras.
Com o controle financeiro da sua clínica odontológica mais robusto, fica mais fácil prever cenários, tomar decisões assertivas e reduzir riscos.
4. Tenha um sistema de gestão online
Ainda é comum encontrar clínicas que fazem controle financeiro em planilhas ou até em cadernos. Esse método, além de limitado, aumenta a chance de erros e dificulta a análise global do negócio.
Um software de gestão odontológica centraliza todas as informações em um único lugar, trazendo mais segurança e agilidade. Com o Dental Office, por exemplo, é possível:
- Controlar receitas e despesas em tempo real.
- Monitorar indicadores de performance financeira.
- Automatizar processos de cobrança e evitar inadimplência.
- Gerar relatórios completos para tomada de decisão.
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5. Contrate um bom contador para sua clínica ou consultório
Assim como qualquer empresa, clínicas odontológicas precisam de apoio contábil para garantir que todas as obrigações fiscais e trabalhistas sejam cumpridas corretamente.
Um contador especializado pode ajudar em etapas como:
- Escolha do regime tributário mais vantajoso.
- Redução de custos com planejamento tributário.
- Regularização junto a órgãos de fiscalização.
- Apoio em tomadas de decisão financeiras estratégicas.
Contar com esse parceiro traz tranquilidade e evita problemas que poderiam comprometer a reputação e a continuidade do consultório.
Leia também: Planejamento tributário estratégico para dentistas
6. Quais indicadores financeiros acompanhar?
Mais do que organizar entradas e saídas, o gestor precisa interpretar dados que mostram a real saúde da clínica. Alguns dos principais indicadores são:
- Retorno sobre investimento (ROI): mede a eficiência de cada investimento.
Exemplo: um gasto de R$ 5.000 que gerou receita de R$ 20.000 resulta em ROI de 3 (três vezes o valor investido). - Liquidez corrente: mostra a capacidade de pagar obrigações de curto prazo.
Exemplo: ativo circulante de R$ 100.000 ÷ passivo de R$ 80.000 = índice 1,25. - Lucratividade: indica se a clínica gera lucro além de cobrir despesas.
Exemplo: lucro líquido de R$ 15.000 ÷ receita de R$ 120.000 = 12,5%. - Ticket médio: revela o valor médio gasto por paciente.
Exemplo: faturamento de R$ 20.000 ÷ 32 pacientes = R$ 625.
Ao acompanhar esses dados regularmente, o gestor consegue enxergar tendências e agir de forma preventiva, evitando crises e potencializando oportunidades.
7. Caminho para um controle financeiro mais eficiente
O sucesso de uma clínica odontológica vai muito além do atendimento clínico. Investir em controle financeiro para clínicas é o que garante a base para um crescimento sólido e sustentável.
Ao separar finanças pessoais, registrar movimentações, planejar de forma estratégica, investir em tecnologia e contar com profissionais especializados, sua clínica estará preparada para enfrentar desafios e se destacar no mercado.
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