Contaminação cruzada na odontologia: como prevenir?

Profissionais e estabelecimentos de saúde, como é o caso de clínicas odontológicas, estão sujeitas a diversos riscos. E um destes riscos é a contaminação cruzada, também conhecida como infecção cruzada.

A biossegurança na odontologia nunca foi tão discutida, especialmente no cenário pós-pandêmico que enfrentamos com a Covid-19. Por isso, nós do Blog Dental Office trouxemos este blog sobre como prevenir a contaminação cruzada na odontologia.

Aqui você vai entender melhor o que é a contaminação cruzada, quais os seus riscos, e formas de combater e evitar esse cenário na sua clínica ou consultório odontológico.

Então se você é dentista e quer saber mais sobre esse assunto, continue lendo este post.

O que é contaminação cruzada?

Contaminação cruzada

Como o próprio nome já revela, a contaminação cruzada nada ocorre quando há uma transferência de microrganismos de um paciente para outro, ou então entre paciente e equipe de saúde, assim formando uma infecção. 

A contaminação cruzada pode ocorrer de diversas formas dentro de um consultório odontológico: através de equipamentos contaminados, instrumentos não esterilizados corretamente, e até mesmo nas vestimentas e equipamentos de proteção individual (EPIs) e roupas do dentista.

Essa contaminação pode ocorrer de duas principais formas na odontologia: através de, fontes humanas, ou seja, uma pessoa hospedar o microorganismo; ou então por meio de fonte ambiental (instrumentos não esterilizados, equipamentos não desinfetados, poeira, etc).

Leia mais em: Como garantir a biossegurança em seu consultório odontológico?

Quais riscos da contaminação cruzada?

A contaminação cruzada pode oferecer sérios riscos à saúde que variam de acordo com o microorganismo responsável pela infecção. Por esse motivo, é muito importante seguir as regras de biossegurança determinadas pelos órgãos competentes, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No manual de “Classificação de risco dos agentes biológicos”, produzido pelo Ministério da Saúde em 2022, é possível checar com maior profundidade a classificação de risco de cada tipo de microorganismo, vírus e fungos.

Para acessar o material, clique aqui.

Como evitar a contaminação cruzada?

Contaminação cruzada

Existem diversas formas de evitar a contaminação cruzada na odontologia. Aqui trouxemos 5 formas imprescindíveis para ter um consultório mais seguro para você e para os seus pacientes.

Vale ressaltar que é importante que você e sua equipe estejam sempre atualizados das exigências da Vigilância Sanitária para oferecer um ambiente seguro e dentro das regulamentações.

Vamos lá?

Proteção da saúde do profissional

Antes de mais nada, é importante que o dentista, bem como a equipe que trabalha na clínica esteja com a saúde em dia. É essencial fazer exames periodicamente e ter bons hábitos.

Outra frente primordial é ter o esquema vacinal completo. Afinal, profissionais da saúde são os que estão na linha de frente, e por isso, podem estar sujeitos a vírus e infecções a qualquer momento.

Com as vacinações em dia, o risco de contrair uma doença ou então desenvolvê-la de forma mais grave diminui drasticamente. 

Evitar contato direto com matéria orgânica (EPIs)

Dentistas, auxiliares e técnicos em saúde bucal podem ter contato com fluidos como saliva e sangue. E o contato com esses fluidos pode ser uma porta de entrada para contaminações cruzadas. 

Por isso é importante sempre utilizar barreiras protetoras no contato com esse material, ou seja, equipamentos de proteção individual (EPIs). O uso dessas proteções é muito eficaz para evitar o contato com o sangue e outras secreções orgânicas.   

Entre os EPIs necessários para dentistas e demais membros da equipe de saúde estão:

  • Luvas
  • Jaleco/Avental
  • Máscara
  • Protetores oculares
  • Gorro
  • Sapatos fechados

Veja mais em: Biossegurança: o que é e porque prestar atenção nela?

Limitar propagação de microorganismos nas superfícies

Contaminação cruzada

Outra forma de evitar a contaminação cruzada é protegendo as superfícies do consultório. As barreiras impermeáveis, como filme pvc, devem ser trocadas a cada novo atendimento realizado, evitando assim uma possível contaminação.

Essas barreiras devem ser incluídas em todas as superfícies em que o paciente tem contato direto, como a cadeira e seus comandos, mangueiras e afins.

Lembre-se também de sempre utilizar álcool para realizar a desinfecção dos espaços comuns, onde os pacientes costumam interagir com objetos. O que nos leva ao nosso próximo tópico.

Limpeza, desinfecção do consultório

Quando falamos de contaminação ou infecção cruzada, é primordial que a clínica ou consultório tenham uma rotina de limpeza e desinfecção bem definidas e que funcionem de forma correta.

Todo consultório odontológico precisa de uma estação chamada de Central de Esterilização, onde serão realizados os procedimentos de desinfecção dos materiais e equipamentos utilizados nos atendimentos e procedimentos bucais.

Este espaço precisa seguir uma ordem unidirecional de procedimentos. São eles:

  • Pré-lavagem: consiste na imersão de materiais em detergente enzimático durante 5 minutos.
  • Lavagem: para remover material orgânico como saliva e/ou sangue.
  • Secagem e/ou Inspeção visual: consiste em secar o material e analisar se há algum vestígio de resíduo orgânico restante. 
  • Embalagem: 
  • Esterilização: 

Descarte correto de materiais

Contaminação cruzada

Por fim, uma outra forma de prevenir a contaminação cruzada na odontologia é realizar o descarte correto dos materiais e resíduos. Afinal, esses resíduos podem estar contaminados e podem oferecer riscos para os pacientes, dentistas e a equipe da clínica odontológica como um todo.

No manual de “Serviços Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos” da Anvisa no capítulo sobre “Gerenciamento de resíduos em serviços odontológicos” é possível encontrar como deve ser feito esse procedimento com detalhes, e de acordo com o tipo de resíduo.

Para ver com maiores detalhes, acesse clicando aqui (pág 113).

Por fim,

Esperamos que este material tenha te ajudado a entender um pouco mais sobre como prevenir a contaminação cruzada na odontologia. 

Em caso de dúvidas, acesse os materiais complementares deste post, como os manuais da Anvisa, e sempre consulte o seu Conselho Regional em caso de dúvidas mais específicas.

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Aqui no Blog Dental Office você encontra conteúdos sobre os mais diversos campos da odontologia. Não deixe de conferir!

Agradecemos a sua leitura e até a próxima!

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